domingo, 3 de abril de 2011

Ei, você!

O que é que vai acontecer daqui pra frente? Você sabe, Luísa? Você sabe pelo menos o que você quer que aconteça? Não, você não sabe. Você não sabe no que você acredita, você não sabe quem você ama, você não sabe nem o que você acha que é o amor ao certo. Você se contradiz, Luísa. Se contradiz o tempo inteiro. Porque você não sabe quem você é, e nem quem você quer ser. Porque todos os caminhos tem um quê de irresistível, e você queria poder traçar todos eles. Mas sua cabeça te diz que você não pode. Você não tem certeza de quem você precisa. Quando você quer quem você julga errado querer, você finge se conformar com a frustração de um desejo pisoteado. Mas você mesma sabe muito bem que não quer. Não faz questão. Talvez até quisesse querer, mas não quer. E não sofre por isso. Então porque reclama até se convencer de que sofre? Os outros acreditam em você, Luísa. Já chegou a hora de parar de testá-los o tempo todo. Eles não vão embora, você sabe. E se forem, você vai sobreviver até o dia que Deus quiser que sobreviva. Você tem medo de dizer pro Mundo como você acha que ele devia funcionar, você tem preguiça de mudar a Mente das Pessoas, porque nem você tem certeza do que você pensa ser incrível quando está sozinha. Sua cabeça é mais liberal do que você.
Não chora, Luísa. Não é uma bronca. Ah, você não está chorando. Você nem sequer está triste. Mesmo tendo tanta consciência de tudo. Como você faz isso, Luísa?
O mundo? Um lugar bom? Talvez você tenha razão.
Você é estranha, Luísa. Eu sei que você sabe, mas precisei reafirmar.
Desculpa qualquer coisa, viu. Tomara que você seja feliz pra sempre, pelo menos hoje, Luísa.

(E o espelho me falou...
"Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
É pra ela que faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra Luísa dormir em paz")

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