terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Oferenda

Enjoei do meu coração
E lancei-o ao mar
Bem em meio a uma corrente
Que não o deixe mais voltar

Está lá, preso
Na estreita teia das lembranças
Ansioso por outro começo,
Cheio de tolas esperanças

Deixo o luar se confundir
Com a própria lua
Deixo também a história
Onde sou somente tua

E que o vento a leve, enfim
Por todo canto em que ele passar
O abraço, quero pra mim
"Para sempre", deixo pra lá

Deixo meu coração em um baú
Escondido no fundo do mar
E para encontrar o dito tesouro
Há que ser nobre como a filha de Iemanjá.

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