quarta-feira, 4 de maio de 2011

cala a boca, mundo. tô na merda.

tá tudo torto.

meu amor próprio é puro complexo de Édipo.
eu sou igual a você. pro bem e pro mal.
leão maldito.
se me amo, te amo. como um lindo prêmio de consolação.
mas no momento, te odeio. e me odeio, por tabela.
ou me odeio e te odeio por tabela?
acho que não. você chegou primeiro nesse mundo, afinal.
dois corpos. dois espíritos diferentes. um é igual ao outro.

só que eu choro. eu escrevo pelas paredes.
e você? nem um pio.

cadê os ensinamentos, agora? gandhi, buda, kardec...
cadê aquele papo de energia, de amor, cadê?
cadê VOCÊ agora?

e esse nó na garganta... não me deixa pensar, não me deixa comer, mas sobretudo, desespero dos desesperos: não me deixa cantar.

eu odeio que as paredes me limitem, sejam as paredes de uma casa, de uma PORRA de uma sala de aula GLACIAL, as paredes do meu quarto... principalmente essas. elas deviam ser um portal mágico pra algum lugar tão, mas TÃO legal que eu nem sequer sou capaz de imaginar. se fosse imaginável não seria tão legal.

sabe o que é pior que alguém que já foi quase tudo na sua vida virar nada? é virar quase nada. porque nada você nem sente, nem lembra, nem tchum.
mas quase nada dói, porque tem um outdoor na sua mente gritando que tal alguém já foi quase tudo.
e pior do pior de tudo é o medo de que outras pessoas vão para a prateleira do quase nada. pessoas que certamente não merecem. não que quem ocupe tal posto mereça.
mas, como dizem, fez por merecer.

e aquela mania de machucar sempre a mesma pessoa, sempre pelos mesmos malditos medos, sempre pelos mesmos meios, sempre sob a mesma confusão.

e ainda tem o clichê dos clichês. a frase que não vem logo pra completar minha crise e ficar me repetindo como eu sou uma amiga ruim e como eu deixei isso acontecer?

príncipes encantados de histórias pré-fabricadas, voltem já aos seus respectivos livros! nada de invadir o MEU conto de fadas!

por hoje é só, cérebro. pode desligar por oito horas médias pra começar mais um longo dia de conformismo e peculiar esperança.

2 comentários:

  1. Os clichês costumam ajudar, como o do tempo, as voltas do mundo. Principalmente o que diz que cada um tem o que merece.

    E, como toda dor, vai passar. Estar na merda também passa. Relaxa e não deixa nada de ruim te matar. Tem muita gente que te quer bem e precisa de você :)

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  2. Ninguém é perfeito e as vezes descobrir que alguem que admiramos também erra feio nos deixa desiludidos.Mas a compreensão das coisas da vida acontece assim,até o erro de quem amamos nos ensina a ser melhor e a nos perdoarmos também por não sermos perfeitos.O melhor da vida é saber que depois daquela horrível tempestade que parece destruir tudo a sua volta, o sol SEMPRE volta a brilhar e a nos aquecer com seu calor!!

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